Sem meritocracia não há educação

setembro 28, 2012

Os pais não podem ter pruridos para colocar em prática a meritocracia – é essa a porção de amor que ficou faltando para esses jovens. Quando eles nasceram, ganharam um amor dadivoso, gratuito.

Não tinham mérito nenhum para recebê-lo, mas ganharam simplesmente porque são filhos. Quando tiveram idade para aprender, passaram a necessitar de outro tipo de afeto – o amor que ensina. Porém, toda vez que não colocaram em prática os ensinamentos que estavam recebendo, foram poupados do amor que exige – ou seja, os pais optaram por ensinar outra vez o que já haviam ensinado quando deveriam ter exigido que fizessem o que lhes for a ensinado.

Na época, os pais nem percebiam que estavam errando, talvez até pensassem que estivessem fazendo o melhor possível repetindo o ensinamento. A atitude de ensinar outra vez sem que o filho tente fazer o que aprendeu é negar a primeira lição, é não passar da primeira fase do aprendizado. Isso porque, ao ser exigida, a criança descobre na ação a sua responsabilidade. Quem nada faz, por nada responde.

 

            Promessas podem ser lançadas ao vento e palavras não supõem responsabilidade. O que realmente possui mérito é a ação prática, são os resultados.

 

Fonte: livro “Pais e Educadores de Alta Performance”, de Içami Tiba – Integrare Editora

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Os 10 passos para delegar

setembro 26, 2012

Só podemos realmente pensar em delegar quando há tarefas especiais, contínuas ou grandes. É mais fácil delegar tarefas menores que são de “uma vez” (one-off) e relativamente simples, mas ainda assim temos de ter em mente os princípios de confiança e de respeito.

Para delegar algo especial há dez passos básicos:

 

1 De terminar a tarefa a ser delegada

O primeiro e mais óbvio passo é determinar qual tarefa você quer ou precisa delegar. Procure colocar-se no estágio de um observador desapegado e observe todo o histórico da situação, assim como seus prós e contras. Avalie também se há necessidade real de delegar a tarefa e quais são as possibilidades espirituais, emocionais, intelectuais e físicas das pessoas envolvidas.

2 Compreender os requisitos da tarefa

O segundo passo é consultar não só aqueles que estão diretamente interessados na tarefa, mas também os que eventualmente podem ser afetados por ela. Se não é possível consultá–los, tente imaginar como ela deve ser realizada de forma bem-sucedida. Faça um brainstorm preliminar do que você acha que será necessário para chegar a esse ponto de sucesso.

3 Saber quem é capaz do quê e suas habilidades em termos de tempo e afinidade

Muitas vezes não há ninguém por perto que atenda exatamente aos requisitos exigidos pela tarefa. Às vezes, temos de lembrar o velho ditado, “O general vai para a guerra com os soldados que tem e não com os que ele quer”. Na vida, como no trabalho, todos nós aprendemos com as tarefas que nos foram dadas, não porque estávamos preparados ou porque éramos capazes de faze-las. Tenha isso em mente quando você estiver pensando em possíveis candidatos a uma tarefa. Frequentemente, a característica mais importante é a vontade de aprender.

4 Selecionar a pessoa mais adequada

Após combinar qualificações com a tarefa, lembre-se também de que a responsabilidade é um grande professor.

5 Verificar seu próprio nível de confiança e também seus sentimentos em relação à pessoa

Depois de selecionar a pessoa mais adequada, fazer essa reflexão pode ser extremamente útil nas comunicações posteriors e pode pesar no sucesso ou no fracasso da tarefa.

6 Explicar a tarefa e os resultados esperados

Sente-se com a pessoa e exponha o que espera obter como resultado. É um bom momento para pedir sugestões e ter certeza de que ambos estão afinados com o que é esperado.

7 Passar autonomia necessária e os meios

Se você já pensou profundamente sobre as exigências da tarefa (passo 2), esta parte será muito fácil. Para que a pessoa possa completar a tarefa, ela necessita dispor de recursos e informações. Se não for possível fornecer tudo, ela deve ser informada sobre onde obtê-los. Finalmente, a quantidade necessária de autonomia tem de ser determinada e comunicada a todos os envolvidos ou interessados no resultado.

8 Esclarecer a tomada de decisões

Este passo provavelmente é um dos mais cruciais para delegar uma tarefa com sucesso e aumento da confiança. Os níveis de autonomia na tomada de decisões têm de ser definidos. Ao longo dos anos, a empresa provavelmente já estabeleceu orientações sobre as melhores práticas. Há muitas coisas que já funcionam bem e não precisa ser repensada: algumas decisões já estão tomadas.

O delegador obviamente retém alguns aspectos da tarefa que irá decidir sozinho. O delegado precisa de certo grau de autonomia para poder ganhar confiança. Igualmente, os dois devem decidir juntos sobre certos aspectos da tarefa.

9 Organizar os contatos futuros , medir os resultados, dar e receber feedback

Este passo visa estabelecer a regularidade das reuniões sobre a tarefa para que você possa medir os resultados e fazer as correções das ideias originais dando e recebendo feedback.

10 Se necessário , ajudar a iniciar a tarefa

O último passo é especialmente para o caso de o funcionário ser novo ou não ter tanta experiência no campo da tarefa ou até mesmo na maneira como o sistema funciona.

Fonte: livro “O espírito do líder”, de Ken O’Donnell – Integrare Editora

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Se confiança não é tudo, no mínimo, é a base de tudo

setembro 24, 2012

Considero a confiança um fator exponencial à profundidade de qualquer relacionamento pessoal. Sem ela os laços que o integram tornam-se frágeis e superficiais, com permanente iminência de rompimento. Confiança é tudo em uma relação, dizem alguns, querendo simplificar em uma definição mais conclusiva o verdadeiro teor semântico da palavra. Mas, se não é tudo, no mínimo, é a base para tudo. É pela confiança que começa a fluência do processo de troca entre as pessoas, sendo lastro sólido para os desdobramentos construtivos do relacionamento.

Se confiança não é tudo, no mínimo, é a base de tudo.

José María Gasalla, no seu livro Confiança – A chave para o sucesso pessoal e empresarial, em parceria com Leila Navarro, cita que “confiança é um sentimento gerado quando a verdade é dita e as promessas são cumpridas”. Embora possa parecer singela, a definição traz consigo a marca de uma objetividade irretocável, especialmente se analisarmos os elementos componentes da confiança.

No ambiente comercial, abordo o tema “confiança” no contexto de vendas, destacando os quatro elementos formadores a serem desenvolvidos pelo profissional dessa área. Cito a franqueza como o primeiro deles. Revelador de caráter e transparência pessoal, ser franco é fruto da sinceridade, da honestidade e da autenticidade. Ser franco é reconhecer e enfrentar limitações; é demonstrar convicção e firmeza, sem que para isso sejam necessárias a deselegância, a agressividade ou a arrogância, todas próprias de pessoas inseguras e maquiadas pelo blush da falsa fortaleza de personalidade.

O segundo atributo à formação da confiança no relacionamento comercial é a competência pessoal. Significa possuir habilidades, conhecimento e talento pertinentes à causa que esteja exercendo. Porém, como entendo a confiança umbilicalmente atrelada à percepção, mais do que ser, faz-se importante ser visto e percebido como tal, construindo valor pessoal aos olhos e à mente dos nossos interlocutores. Ou seja, não basta ser competente; é necessário, também, parecer ser competente.

O terceiro elemento gerador de confiança em vendas é a solicitude demonstrada no trato com o interlocutor. Essa disponibilidade e a demonstração de desprendimento pessoal contribuem para a intensidade perceptiva em um relacionamento, estabelecendo uma valorização superior por parte de quem recebe esse tratamento.

Por fim, considero a capacidade de resolver problemas o quarto pilar edificador da confiança nas relações entre vendedor e cliente. Embora possa parecer paradoxal, sempre gostei de deparar com problemas em minhas relações pessoais e, especialmente, nas comerciais. Não por ser adepto do masoquismo, mas por entender que, ao necessitar administrar ou contornar uma dificuldade com um interlocutor ou um cliente, temos uma oportunidade de ouro para conquistar a confiança da outra parte. Faça uma rápida reflexão e observe como nossa confiança em uma pessoa aumenta quando notamos nela a capacidade de resolver ou ajudar na solução dos nossos problemas. É incrível, mas nos sentimos muito mais seguros quando percebemos redução de riscos em uma tomada de decisão. Certamente se tivermos a percepção de que se alguma coisa fora da normalidade acontecer, no transcorrer de uma relação, haverá uma pronta solução a esse imprevisto, isso irá gerar uma confiança muito maior.

 

Fonte: livro “A cereja do Bolo – Negociação persuasiva: o poder da emoção como diferencial no Bolo do Sim”, de Carlos Alberto Carvalho Filho – Integrare Editora

 

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Os desafios das escolhas e decisões

setembro 21, 2012

Claro que há coisas que podem e são simultâneas, mas elas não nos dão angústia porque não exigem decisão. É a escolha que nos angustia que nos tira do centro, que nos faz repensar valores, prioridades, responsabilidades. É para isso mesmo que vivemos o dilema das decisões, para nosso autoconhecimento. O desconforto da escolha nada mais é do que um chacoalhão para sairmos de nosso espaço já conhecido e muito habitado e nos aventurarmos a olhar um cenário mais amplo da vida.

Há todo um potencial contido em cada escolha. As coisas talvez não corram do jeito que imaginamos e até podemos concluir que o caminho escolhido foi um erro; porém, de fato, todo caminho nos ajuda a compreender um pouco mais dessa habilidade incrível que é caminhar. Seguir em frente, aprender e, às vezes, até refazer o percurso – o que nunca é um retrocesso – é sempre um jeito novo de caminhar, com mais sabedoria, depois de um percalço, de um desafio, de um conflito ou de um insucesso. Tudo é apenas caminho para novos e ainda mais amplos horizontes.

E a chave para abrir esse portal de oportunidades são as escolhas. Cada decisão nos leva a novos conceitos sobre quem somos e o que queremos, mesmo que nossa escolha seja manter tudo como está – isso fala mais de nós do que imaginamos. Eleger algo é definir que tipo de vida queremos naquele momento.

Fonte: livro “O foco define a sorte”, de Dulce Magalhães – Integrare Editora

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Prepare-se!!!

setembro 19, 2012

Uma questão fundamental é que o digital fica registrado para sempre. E coisas ditas anos atrás podem ser facilmente encontradas e voltarem a assombrá-lo. Stuart McLennan, candidato às eleições do Partido Trabalhista britânico, foi forçado a renunciar por causa de suas mensagens no Twitter; algumas delas tinham sido escritas quando ele ainda era um estudante. O que pode ter sido uma brincadeira engraçada entre colegas da faculdade tornou-se bem mais sério um ano depois, quando ele era candidato ao parlamento: “Na fila do correio. Gigantesca. Deve ser dia de pagamento da aposentadoria. Bando de velhos fazendo hora extra na Terra”. Isso não é nada engraçado quando os “velhos fazendo hora extra na Terra” tornam se os eleitores idosos.

O mesmo vale para “Johnnie Walker Red Label é tão ruim que não vende nem na Escócia”, pois a indústria de uísque é uma importante empregadora do potencial eleitorado.

 

Nas mídias digitais e sociais, os comentários podem durar para sempre.

 

Pessoas são pessoas e vamos continuar a cometer erros e gafes. Provavelmente, o conselho mais importante é que, se você cometer um erro, admita-o imediatamente. O estilista de roupas e calçados Kenneth Cole twittou uma mensagem extremamente inadequada, sugerindo que a agitação no Egito havia sido causada pelas pessoas que tentavam botar as mãos em sua nova coleção de primavera. Isso provocou uma reação furiosa imediata, inicialmente no Twitter e depois em todos os principais meios de comunicação. Mas Cole, num gesto louvável, imediatamente afastou as especulações de que um funcionário teria sido responsável, admitiu a autoria e desculpou-se. O mundo mudou.

Se hoje há um pequeno problema local, você deve supor que ele vai aumentar e se tornar global, em instantes. O lema dos escoteiros, “esteja preparado”, é um ótimo conselho para o líder empresarial de hoje. Você deve supor que não haverá tempo para formular planos sobre como lidar com problemas depois que eles surgirem. Anteveja-os e planeje como você vai reagir se eles acontecerem de fato. E, se ocorrer algo que você não esperava, tente se antecipar. Seja o primeiro a comentar. Pelo menos, a conversa pode começar em seus termos e você ficará com o mérito por ser franco e honesto.

A velocidade e a reação da empresa e de seus funcionários são extremamente importantes. Às vezes, os funcionários relutam em se envolver nas mídias sociais por causa de seus empregadores.

Em parte, isso ocorre porque muitas vezes eles não se sentem seguros sobre o que devem ou não falar, e o que poderia acontecer se dissessem algo errado. Então ninguém se manifesta – essa é a pior coisa que pode acontecer. Ao demorar muito para agir, e isso pode significar uma pequena hesitação, você dá margem para que as coisas adquiram maior proporção, muitas vezes desnecessariamente.

Fonte: livro “Empresas que cuidam prosperam – Por que negócios que praticam o bem são os melhores negócios”, de David Jones – Integrare Editora

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A liberdade e os novos tempos

setembro 17, 2012

A liberdade é relativa, variando conforme as pretensões, porque não existe a liberdade absoluta. Quando se faz uma escolha entre duas situações, a que não foi escolhida ou se perde ou fica em segundo plano. Logo, o exercício da liberdade já envolve uma perda. No cotidiano, a liberdade está em fazer uma escolha bem adequada conforme as conseqüências pretendidas. A vida propicia tantas oportunidades que, se não houver responsabilidade, qualquer pessoa pode se desorganizar ou se perder.

A mente não possue fronteiras, e inteligente que somos, podemos realizar devaneios, desde que se transformem em sonhos com projetos de execução. Num inverno, com tempo coberto e frio, gostaríamos de estar numa praia aberta, com sol gostoso e céu azul. Mas é impossível viver as duas situações ao mesmo tempo. Podemos, entretanto, escolher entre ficar ou ir para um ou outro lugar. Uma vez na praia, a liberdade muda de figura.

Uma casa com crianças sem adultos que se responsabilizem por elas é um claro exemplo das conseqüências de liberdade sem responsabilidade. Os filhos desde pequenos têm de aprender a lidar com a liberdade responsável. A aquisição da responsabilidade é um aprendizado obrigatório e, quanto mais cedo os filhos aprenderem, tanto melhor viverão todos.

Todas as crianças adoram brincar. Num parquinho infantile elas podem ir ao brinquedo que quiserem, mas têm de aprender o que é usufruir dele e o que é correr o risco de cair, machucar-se, ferir outras pessoas, respeitar a sua vez de usar o brinquedo etc. Isto tudo com a presença dos pais – ou não.

Hoje, a criança com dois anos de idade fica longe dos seus pais: já freqüenta a escolinha (portanto está sob responsabilidade de outros adultos). Mesmo dentro de casa, os pais delegam a responsabilidade de cuidar das crianças para outros. Esses outros adultos (funcionários, babás, motoristas etc.) não são os responsáveis pela educação, pois detêm outras funções, também necessárias à vida das crianças. Porém, os pais deveriam ensinar seus contratados, em casa, a cumprir também os ensinamentos que eles mesmos dariam se com os filhos estivessem.

Por exemplo, a liberdade de brincar com seus próprios brinquedos implica cuidar deles. Faz parte dos cuidados guardar os brinquedos após acabar a brincadeira. As crianças não podem simplesmente sair correndo, largando todos os brinquedos no chão. Deve fazer parte da brincadeira o ato de guardar. Assim como os pegaram, as crianças têm condições de guardá-los. É dessa maneira que elas cuidarão de seus pertences na escolinha, na turma de adolescentes, nos negócios dos pais. Apesar de ser função dos contratados trazer a casa em ordem, babás e funcionárias não devem guardar os brinquedos. A função nova, agora, é lembrar as crianças de que elas mesmas têm que guardar os brinquedos.

Quanto à comida, é bom ter liberdade para escolher o que comer; mas, se a escolha dos filhos recair sobre batatas fritas e fast-food rapidamente elas podem sofrer de males clínicos e necessitarão de cuidados médicos. Quem arcará com essas consequências? É claro que são os pais. Ou seja, os filhos curtem a liberdade, mas quem arca com a responsabilidade são os pais. Enquanto forem bebezinhos, pode ser. Mas manter esse esquema com estudantes universitários?

Se para os filhos fica a liberdade de curtir a vida, fazendo somente as coisas de que gostam e as que lhes dão prazer, podemos perguntar: por que não usar drogas quando estiverem nas ruas, longe dos pais?

“A criança não sabe o que é liberdade pessoal. Simplesmente

faz o que tem vontade de fazer.”

Por isso, os pais deveriam determinar o que os filhos devem comer (porque podem comer aquilo de que gostam em outra hora). É uma responsabilidade que os filhos têm que desenvolver: cuidar do próprio corpo. Quem cuida do próprio corpo não se arrisca a usar drogas.

 

Fonte: livro “Disciplina – Limite na medida certa”, de Içami TIba – Integrare Editora

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Não quero ser uma cópia!

setembro 14, 2012

Afinal, de onde surgem os estereótipos? Eles são, necessariamente, ruins? Como fazer para evitar que os estereótipos se transformem em caricaturas que enquadram as pessoas e as condenam a viver um papel que não escolheram e que sequer aprovam? Como alguém pode manter a identidade e ser fiel às suas convicções e valores em uma sociedade que rotula as pessoas? Perguntas que incomodam, principalmente porque não têm respostas muito convincentes.

O médico francês Jacques Lacan, que passou da neurologia para a psiquiatria, e desta para a psicanálise, à qual acrescentou os saberes da linguística e da antropologia estrutural, apresentou conceitos que podem nos ajudar a entender um pouco o mistério dos estereótipos. Por exemplo: “Eu sou o que vejo refletido sobre mim nos olhos dos outros”. Ou ainda: “Com frequência, os símbolos são mais reais do que aquilo que simbolizam”.

Pois é, parece que nós, humanos, fazemos a representação da realidade por meio da identidade com o grupo a que pertencemos. Realmente, não há como negar que o ser humano é um animal gregário, que depende do grupo para sobreviver física e emocionalmente. Quanto a isso, não resta dúvida. Como também não se pode discutir que os traços culturais servem para criar elementos de distinção grupal, e que eles conferem sensação de conforto e segurança.

Então está explicado porque criamos grupos e classificamos as pessoas, mas – sempre tem um mas – daí a aceitar que as pessoas sejam carimbadas e recebam atributos artificiais e se conformem com a situação, há uma imensa distância. Por isso eu gostei muito daquela propaganda na TV que propõe às pessoas uma reflexão, desafiando “Está na hora de você rever seus conceitos”. E faz a incômoda provocação depois de mostrar algumas cenas em que pessoas reagem mal a determinadas situações, como uma mulher branca casada com um negro, um homem mais velho com uma mulher mais nova, ou o contrário. Em um dos filmes, em um hall de entrada de um edifício de luxo, uma madame recomenda a outra mulher, vestida de maneira simples, que suba pelo elevador de serviço, para depois descobrir que se trata da nova moradora que acabara de comprar o apartamento de cobertura. Realmente, está na hora de rever os conceitos, porque quando eles são formatados por antecipação, são, na verdade, preconceitos.

Fonte: livro “Preciso dizer o que sinto”, de Eugenio Mussak – Integrare Editora

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Você dá as costas para o poder?

setembro 12, 2012

Você vê o vazio, mas pensa assim: “Não estou sendo pago para resolver o problema dos outros. Ele que resolva. Ele ganha para isso. Por sinal, ganha mais do que eu. Se eu resolver, é ele quem vai receber os méritos”. É exatamente assim que as coisas acontecem e os vazios se instalam.

Nos cargos de gerência média para baixo, a coisa é bem pior. A pessoa está vendo as coisas erradas, sabe como resolver, mas dá de ombros e diz: “Na minha carteira não está escrito que eu preciso fazer isso. Não fui contratado para isso e pronto, que se dane!”.

Há buracos enormes, grandes gaps que poderiam ser preenchidos, grandes vazios de poder a ser conquistados, mas a pessoa não se move para ocupá-los. E sabe o que acontece? Aparece um sujeito, vê a deficiência e se oferece para resolve-la. Todos à volta pensam: “é um trouxa. Vai fazer o trabalho dele e o do vagabundo ao lado sem ganhar nada por isso”. E o que acontece logo em seguida?

Ele resolve o problema melhor do que o profissional que fora contratado para isso e não fez nada. Acumula as funções e continua fazendo as duas tarefas maravilhosamente bem. Com o passar do tempo, o grupo percebe que ele está trabalhando até melhor do que o outro e acabou conquistando aquela posição, que não é mais questionada por ninguém.

Sabe o que acontece então? Aquele cara se torna o líder natural do grupo. É isso. É assim, você sabe. Já deve ter visto essa cena uma centena de vezes. Alguém que vai lá e faz o que ninguém quer fazer. Ao fazer isso, conquista um espaço que estava livre, preenche um vazio organizacional, ou um vazio de poder. Nesse momento, ele está um passo à frente do grupo. E a marca dele brilha um pouquinho mais do que a marca dos outros.

Fonte: livro “Personal Branding – Construindo sua marca Pessoal”, de Arthur Bender – Integrare Editora

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Conhecer, entender, conectar…

setembro 10, 2012

Em um tempo em que é possível acessar qualquer tipo de informação com uma simples busca na internet, o conhecimento está cada vez mais superficial e, em alguns casos, até mesmo sendo dispensável.

O conceito por trás dessa realidade é arriscado, mas traz uma lógica pragmática que é difícil de contestar diante da competitividade social cada vez mais intensa. Como não concluir que, com todas as informações acessíveis e disponíveis, é uma perda de tempo acumular informações? Será que ainda há necessidade de aprender?

A resposta é sim. A necessidade existe e sempre existirá. Contudo, a forma, a quantidade e a qualidade do que se aprende estão em transformação, por isso são cada vez mais necessários processos de aprendizados intuitivos e interativos. Como o indivíduo precisa lidar com quantidades enormes de informações, deve desenvolver um olhar muito mais sistêmico e ao mesmo tempo mais seletivo, buscando identificar os temas que são relevantes para suas expectativas e somente focar neles.

Essa transformação altera o modo de obter o conhecimento e exige avanços tecnológicos que privilegiem as formas e ações mais intuitivas. Isso significa que o aprendizado tradicional está chegando ao fim. Em vez de aulas expositivas, os professores devem promover debates e estimular pesquisas e diálogos. No lugar de manuais de instruções, os equipamentos devem apresentar sistemas interativos e intuitivos para que sejam assimilados com mais facilidade pelo indivíduo.

 

Fonte: livro “Jovens para Sempre – Como entender os conflitos de gerações”, de Sidnei Oliveira – Integrare Editora

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Organizando a bagunça

setembro 7, 2012

Cada pessoa é única. Cada ser humano é composto de um conjunto de características que compõem sua personalidade. Elas não são fixas e determinantes, são plásticas e são como um pano de fundo para o nosso desenvolvimento, para a forma como vemos o mundo, como registramos os acontecimentos e o significado que damos às coisas.

Quanto mais estressados, mais essas características ficam claras. Quanto mais tranquilos estamos, mais elas se amenizam. Conforme nos apropriamos de nós mesmos e desenvolvemos nosso autoconhecimento, a intensidade dessas características passa a funcionar como termômetro de estresse e ansiedade.

Esses estereótipos nos ajudam a entender determinados funcionamentos, certas características, e a que ponto elas nos escravizam se perdermos o controle. Uma pessoa que tenha consciência de que tende a ser deprimida, por exemplo, poderá ter uma qualidade de vida melhor se reagir à depressão do que se acabar entregue a ela.

O autoconhecimento não ocorre por acaso, mas também não acredito que isso só seja possível a partir de ajuda profissional (psicoterapia). Creio que há certo nível de profundidade de autoconhecimento que realmente precise de um processo psicoterápico, mas ele pode começar com um olhar diferenciado para si, para os relacionamentos e para o contexto em que se está inserido.

Também não podemos ser onipotentes a ponto de achar que seremos capazes de neutralizar o ambiente. A vida não pode ser assim controlada e muito menos tão previsível. Podemos procurar amenizar as circunstâncias que geram dor intensa. Há um nível de sofrimento que se torna tão insuportável, que o corpo pede socorro, e sintomas começam a surgir. Quando a própria pessoa não consegue diminuir o sofrimento de forma satisfatória, deve procurar ajuda em pessoas próximas ou com um profissional (psicólogo ou psiquiatra, nesse caso).

Mesmo assim, nós, psicoterapeutas, muitas vezes, ficamos impotentes diante de determinadas situações.

Fonte: livro “Mulher sem Script”, de Natércia Tiba – Integrare Editora

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