Amor que exige e suas consequências: pais não devem exigir o que não podem cumprir (por Içami Tiba)

dezembro 29, 2014

Como exigir algo de uma criança que não quer fazer o que já sabe? Há uma quarta fase: o amor que aplica as consequências combinadas entre as duas partes (educador e aprendiz). Quando se ensina o que a filha deve fazer, comunica‑se também a consequência com a qual ela terá de arcar se não fizer sua parte. Surras, cascudos, broncas, gritos, proibições de brincar ou de assistir à TV não são consequências. A consequência será uma ação diretamente relacionada à falha cometida para corrigir o erro. Proibir televisão não tem nada a ver com jogar a colher no chão.

A criança precisa associar as ideias de que ela não tem mais a colher porque a jogou no chão, e não porque não comeu. Ela vai continuar comendo se alguém manusear o talher por ela. E, se quiser a colher de volta, a mãe ou responsável deve repetir com firmeza: jogou, perdeu!

Pais que não suportam ver o filho chorar não devem exigir que ele não jogue a colher. Ou seja, exigir coisas e não impor nenhuma consequência não só é altamente deseducativo como acarreta perda de autoridade. Pais nao devem exigir o que nao podem cumprir.

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Fonte: livro “Pais e Educadores de Alta Performance”, de Içami Tiba – Integrare Editora

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Caminhos para uma consciência mais elevada (por Ken O’Donnell)

dezembro 26, 2014

Durante o último século ou mesmo nos últimos anos, temos testemunhado uma desintegração sem precedentes de muitos de nossos valores, sistemas, costumes e estruturas. Porém a desintegração de tantas coisas que nos são tão caras tem um lado positivo: ela faz com que reconsideremos nossa abordagem da vida.

Nossos sistemas de apoio, muitas vezes de curta duração, não surtiram os efeitos esperados. Há um clamor sem paralelo por um entendimento mais profundo dos assuntos referentes ao espírito, como se disséssemos: é o suficiente, basta!

A busca de novos caminhos nos leva de volta a nós mesmos e às dimensões escondidas de uma consciência mais elevada. Já que os problemas ao nosso redor são os resultados de nossos atos, é um passo lógico querer examinar a semente da ação — nossa própria consciência. Esses outros aspectos da realidade podem ser descobertos pelo experimento prático dentro de nós mesmos.

Apesar de tanta beleza e inspiração das parábolas e exemplos de nossas tradições, as condições do mundo parecem estar piorando com o tempo. No nível individual, nossas vidas práticas raramente se equiparam aos nossos ensinamentos mais nobres.

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Fonte: livro “Cminhos para uma consciência mais elevada”, de Ken O’Donnell. Integrare Editora

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Presente da mamãe (por Içami Tiba)

dezembro 24, 2014

Dezembro é tempo de balanço e encerramento por mais um ano de trabalho, de estudo, de vida. Não há como se furtar dele. Não estando mais na idade de ganhar presentes dos pais, fiz um levantamento dos que recebi nesta minha vida tão bem vivida. Lembrei-me com muito carinho de um verdadeiro presente da minha mãe, que ganhei quando lhe fiz uma pergunta antes mesmo de começar a frequentar a escola.

Não me lembro de ter ganhado muitos presentes na minha infância, nem na adolescência. Não sentia falta deles, pois não era costume dos meus pais darem presentes aos filhos. Fazendo uma retrospectiva da minha vida, levantando os memoráveis presentes que ganhei até hoje, há um que quero passar a você por estar bem atualizado, mesmo que já o tenha passado para muitos pais, e não perco as oportunidades de usá-lo para ajudá-los e educar seus filhos. Comecei a usá-lo assim que o recebi da minha mãe.

Hoje é muito comum os pais fazerem pelos filhos o que estes são capazes de fazer. Esta é uma das formas de se criar um filho folgado. Embaixo de um folgado tem sempre um sufocado. A mãe pede ao filho que faça algo. Como nunca fez, ele não faz tão bem quanto a mãe faria. Num instante ela afasta o filho com um “Deixa que eu faço, você não sabe fazer nada mesmo!” e dá uma justifica para o filho não fazer mais praticamente nada. Quem justifica não faz. A mãe torna-se cada vez mais sufocada e o filho, folgado.

Com 7 anos de idade, vi um médico pela primeira vez. Algum tempo depois eu falei para minha mãe: “Quero ser médico!”. Ela, que havia acordado de madrugada para deixar toda a casa pronta para os sete filhos, e ainda trabalhava o dia todo no mercadinho da família, poderia ter-me respondido: “Acho difícil, pois somos imigrantes, lutamos para sobreviver, não há escola aqui, é melhor brincar com seu caminhãozinho, não me aborreça que estou muito ocupada, etc.”, mas olhou no fundo dos meus olhos e falou: “Então, você tem que estudar muito!”. Assim ela me abriu o horizonte que eu poderia conquistar, bastaria estudar bastante. Os estudos dependiam da minha dedicação… De fato estudei muito e culminei me formando na Faculdade de Medicina da USP.

Estejam meus pais onde estiverem, eu imagino que eles saibam no que o seu terceiro filho se tornou e me emociono de vê-los sorrindo para mim e minha família, satisfeitos e orgulhosos, por terem me dado um presente tão lindo e sustentável…

Sem ser obrigatoriamente materiais, há presentes que são agradáveis e úteis pela vida toda… e assim, a minha mãe abriu o meu horizonte: eu poderia conquistar qualquer coisa, bastaria estudar bastante, e os estudos dependiam da minha dedicação…

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Fonte: coluna do mês de Dezembro, da Revista Viva SA, por Içami Tiba

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Consequências no lugar de castigos (por Içami Tiba)

dezembro 22, 2014

Ninguém conserta programas de computador usando martelos. Da mesma forma, castigar é uma ferramenta obsoleta da educação. Os pais e educadores têm de atualizar seus recursos educativos e inclui‐los na educação. Muitas atitudes tomadas no passado – surras, descontroles emocionais, prisão no quarto etc. – são hoje martelo em computador. Elas danificam, não ajudam.

Quem sempre obteve lucros na delinquência ou na folga precisa começar a aprender a não os ter, e, assim, ganhar muito mais com o novo modo de ser. Várias medidas podem ser adotadas. Minha sugestão, por exemplo, é estipular que “Zé” não desfrute o brinquedo em cuja fila de entrada está. “Você vai ficar aqui fora até a gente sair”; ou seja, nada de jogar as consequências para um duvidoso futuro. Ele precisa entender que não usufruir o brinquedo é de sua exclusiva responsabilidade. Ou seja, estar ou não estar no brinquedo depende do que ele fizer. Isso é uma consequência do seu comportamento – e não um castigo.

A condição combinada é que Zé espere a família à saída do brinquedo. Se ele não estiver no local combinado, perderá o direito também ao próximo brinquedo, e assim sucessivamente. Caso ele ainda seja muito pequeno para ficar sozinho, um dos pais terá que ficar supervisionando, sem que aquele momento se torne uma convivência prazerosa. A criança deve se sentir prejudicada pelo modo como se comportou, não pode obter nenhum ganho – e, cuidado!, ter a exclusividade de um dos pais, nessa situação não pode ser um ganho. Portanto, nada de conversas ou explicações. Se a criança vier a perder três brinquedos, não haverá por que sair com a família no dia seguinte. O garoto que fique no hotel ou onde esteja hospedado. Não há motivos para sacrificar toda a família por causa do mau comportamento de um de seus membros. E se aprontar no hotel, deverá ficar no apartamento, e assim sucessivamente até o Zé entender que ele mesmo causou as complicações à sua família. Da próxima vez, respeite os pais.

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Fonte: livro “Quem Ama, Educa! Formando cidadãos éticos”, de Içami Tiba – Integrare Editora

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Você “escuta” ou “ouve”? Entenda a diferença e aproveite cada uma delas! (por Maria Tereza Maldonado)

dezembro 19, 2014

A boa escuta é considerada a mãe das formas eficazes de comunicação. A diferença entre ouvir e escutar é que ouvir é uma atividade biológica e escutar é um processo mais complexo, que exige esforço cerebral. É uma habilidade que, com paciência e persistência, pode ser aperfeiçoada no decorrer da vida.

Quando ouvimos com empatia nos colocamos no lugar do outro (filhos, clientes, amigos, pessoas amadas), imaginando como vê, pensa e sente. É esse modo de ouvir e responder que aumenta a confiança e a compreensão. Quando o outro se sente ouvido, fica mais propenso a escutar. Quando se sente compreendido, tende a atenuar atitudes beligerantes e críticas ácidas.

Os efeitos principais desse tipo de escuta são:

  • Aumentar a confiança e o respeito.
  • Encorajar a expressão de sentimentos.
  • Reduzir tensões.
  • Estimular a colaboração para a solução do problema.

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Fonte: livro “O bom conflito”, de Maria Tereza Maldonado. Integrare Editora

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5 condições básicas para o comprometimento (por Eugenio Mussak)

dezembro 17, 2014

Ainda que haja variações, as pessoas costumam responder favoravelmente a alguns fatores que determinam o comprometimento. Os principais são cinco:

  • Admiração. Sentimento gostoso de sentir e de provocar. Fundamental para qualquer tipo de relação, a admiração provoca o desejo de permanecer junto à pessoa admirada ou de empenhar-se numa tarefa cujo resultado se admira. Não conseguimos nem permanecer ao lado de alguém que não admiramos nem conseguimos ser eficientes trabalhando numa empresa cujos valores não provocam em nós nenhuma admiração.
  • Respeito. Não há comprometimento sem respeito, e ele deve ser mútuo. Deriva da admiração, e dá o passo seguinte.
  • Confiança. Só confiamos em quem admiramos e respeitamos. E só nos comprometemos com alguém se confiamos nele.
  • Paixão. Esse sentimento surge com frequência por alguém a quem admiramos, respeitamos e em quem confiamos. Simples assim.
  • Intimidade. Sim, pois queremos ficar ao lado da pessoa por quem estamos apaixonados, convivendo e misturando nossa vida com a dela. Também podemos nos apaixonar por causas, empresas e, claro, times de futebol. E, com eles, queremos continuar convivendo, sendo íntimos.

Pronto. Se existirem essas cinco condições básicas, o comprometimento será mera consequência. Se um casal com problemas de relacionamento procura um terapeuta, verá que ele não questiona o comprometimento em si, e sim as cinco condições anteriormente descritas, pois, se uma delas for deficiente, prejudicará o comprometimento que sustenta o casamento.

Essas condições, que sustentam a relação entre duas pessoas, também garantem a boa relação das pessoas com a empresa onde trabalham, com uma instituição que colaboram, com um grupo de amigos de fim de semana, com a igreja que frequentam, com o time para o qual torcem, e assim por diante.

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Fonte: livro “Com gente é diferente – Inspirações para quem precisa fazer gestão de pessoas”, de Eugenio Mussak – Integrare Editora

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Instrumento: BIRRA (por Içami Tiba)

dezembro 15, 2014

Basta a criança sentir-se frustrada: no shopping, no restaurante, na visita a casa daquele tio importante. A birra é uma ruptura no relacionamento; por meio dela, o birrento impõe à outra pessoa uma condição: “Se você me atender, ótimo; caso contrário, vai sofrer muito”.   Trata-se de um estado perturbado de comportamento em que se nega a razão para fazer prevalecer uma vontade. O interessante é que a meta escolhida, a grande motivação da birra, é um capricho, uma vontade desnecessária. Ninguém faz birra por não querer estudar. Mas porque o pai não deixa comer um chocolate ou não compra um brinquedo no shopping.

Se a birra ocorre em público, e a vergonha que a mãe sente é mais forte que a raiva, ela acaba atendendo ao desejo da criança antes que a gritaria tome conta do local. O filho venceu. Quando uma criança consegue atingir o seu objetivo – ganhar um brinquedo ou um doce, mesmo que a mãe lhe diga não – ela descarrega dopamina, substância que produz sensação de bem-estar e prazer. O cérebro registra esse prazer como uma recompensa ao esforço feito. É o sistema de recompensa, que vai alimentar a próxima birra. Quando a criança não consegue o que ela quer, ela pode mudar de objetivo, já que não houve a recompensa. E a mãe deixa de desrespeitar as próprias proibições e passa a ser respeitada pela criança.

“Filho fazendo birra, para a mãe passar vergonha em lugares públicos, deve ser simplesmente enfrentado através da manutenção do não que já for a dito”

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Fonte: livro “Disciplina – Limite na medida certa”, de Içami Tiba – Integrare Editora

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Sorte (por Dulce Magalhães)

dezembro 12, 2014

Há resultados que consideramos ruins, indesejáveis, malévolos ou, até, insuportáveis. Perdas são constantemente vistas como intoleráveis ou injustas; e aí começa nossa viagem pelo campo da percepção. O foco, a forma como enxergamos alguma coisa, nosso ângulo de visão, determina o resultado.

Não é apenas o resultado em si que conta, mas a valoração: o sentido e o significado dados aos eventos é o que realmente os define. Para ilustrar essa ideia, em minhas palestras criei uma pequena história sobre um homem preso em uma caixa de tijolos. Tudo o que ele via era a partir de uns tijolinhos tirados de sua frente. Ele via um pedacinho de céu, um fragmento de montanha e um pássaro que passava de vez em quando. E, quando lhe perguntavam como era o mundo, ele o descrevia dessa forma. À medida que conseguia tirar mais tijolos de sua frente e via mais coisas, sua descrição do mundo também mudava.

Até que, um dia, um grande terremoto abalou toda a região onde ele morava e os tijolos foram todos ao chão. O homem olhou ao redor e viu muita coisa que nunca tinha visto antes: lagos, animais, pessoas, povoados, plantas, flores, uma infinidade de coisas. Então, ele exclamou espantado: “Como o mundo mudou!”

Não é o mundo que muda, é o nosso olhar sobre ele que precisa se transformar, pois o mundo contém todas as possibilidades de vida que existem, incluindo as que ainda vamos descobrir. Mudar de mundo, verdadeiramente, é mudar de olhar.

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Fonte: livro “O foco define a sorte”, de Dulce Magalhães. Integrare Editora

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Os pilares da Educação Sustentável (por Içami Tiba)

dezembro 8, 2014

O princípio fundamental da Educação Sustentável é permitir que os pais consigam ajudar o filho a desenvolver o seu potencial na mais alta performance possível, procurando sempre ensinar o que o filho não sabe, mas cobrar o que já ensinou.

Pais que não cobram estão no mesmo nível de pais que não ensinam, pois o que confirma o saber é a prática do que se sabe, e não a simples recitação do que deveria fazer como um decoreba faz.

Vale a pena repetir aqui os pilares da Educação Sustentável:

Quem ouve esquece. Quem vê imita.

Quem justifica não faz. Quem faz aprende.

Quem aprende produz. Quem produz inova.

Quem inova sustenta… … e quem sustenta é feliz!

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Fonte: livro “Educação Familiar – Presente e futuro”, de Içami Tiba – Integrare Editora

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A esperança é dispensável? (por Eugenio Mussak)

dezembro 5, 2014

Viver parece ser uma aventura cada vez mais perigosa. Isso porque a caixa de Pandora moderna tem controle remoto e despeja sobre nosso sofá tudo o que “dá notícia”: tsunamis inesperados; furacões esperados, mas subestimados; terroristas armados de bombas e de loucura; políticos corruptos livrando suas caras com manobras e conchavos. A própria esperança se surpreende e se assusta quando é usada como cabo eleitoral, sendo designada para vencer o medo.

Apesar de tudo isso, a resposta é: não, a esperança não é dispensável! Ter esperança é acreditar no amanhã. É supor que a vida vai melhorar, que o dinheiro vai ser suficiente, que a febre vai diminuir, que a lavoura vai crescer, que o sorriso vai perdurar. E tudo isso porque nós vamos fazer nossa parte. Ter esperança é assumir nosso lado divino e responsabilizar-nos pela continuação da obra de criação, pondo o cérebro para pensar, o braço para trabalhar e o coração para amar o que queremos, o que fazemos e o que sonhamos.

O homem que perde a esperança perde-se a si mesmo, porque a esperança pertence à sua essência. A esperança está em tudo. O viver tem a esperança do ser. O sonho tem a esperança da realização. O trabalho tem a esperança do resultado e do pagamento. O olhar furtivo tem a esperança do sorriso malicioso. A piada tem a esperança do riso. A música tem a esperança da emoção. O beijo roubado tem a esperança do beijo apaixonado.

 

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Fonte: livro “Caminhos da Mudança”, de Eugenio Mussak. Integrare Editora

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