Coisas têm preço, que é atribuído em função de sua utilidade e de sua raridade.
Pessoas têm dignidade, que lhes será atribuída de maneira diretamente proporcional aos valores em que acredita e que pratica.
Carregamos em nós um lado sombrio, mesquinho e pequeno. Uma terrível mania de se conferir utilidade às pessoas e tratá-las de acordo com essa utilidade, e não em função de sua condição de ser humano.
Ao lidarmos com uma pessoa apenas a partir do ponto de vista de sua utilidade, nós a estamos “coisificando”, tratando-a como uma coisa. E isso ocorre porque a sociedade em que vivemos é o império da eficácia e não o reinado do valor. Sim, pessoas descartadas são pessoas coisificadas.
Fonte: livro “Com gente é diferente – Inspirações para quem precisa fazer gestão de pessoas”, de Eugenio Mussak – Integrare Editora