Não, não é errado sentir ciúme. Conheça os 2 tipos de ciúmes. (por Eugenio Mussak)

Só os insensíveis não sentem. O errado é transformar o ciúme em uma compulsão irracional, subproduto da desconfiança ou da baixa autoestima. Olhando mais de perto, os teóricos dividiram em duas as origens do ciúme: causas externas e causas internas.

O ciúme de causa externa é o provocado pela pessoa que é o objeto do ciúme, ou por alguém que dela se aproxime de modo inconveniente. Se o comportamento de sua namorada, por exemplo, desperta cuidados, está na hora de “discutir a relação”. É claro que ninguém aguenta sua namorada, ou namorado, desrespeitando os limites do bom senso e abrindo espaço para que outro ou outra se sinta convidado(a) a entrar em sua intimidade. Civilização pressupõe limites, sim. Relações civilizadas também.

Já o ciúme de causa interna é o que nasce da insegurança e da baixa autoestima. É o ciúme do indivíduo que tem certeza da infidelidade da namorada apenas porque ela cumprimentou um ex-colega de classe, ou sorriu educadamente para um cavalheiro que lhe deu passagem na entrada do elevador. É o ciúme que estraga a lua-de-mel, que tira o prazer do final de semana na praia, que pode chegar à fronteira da patologia. O ciumento que tem medo de perder porque carrega uma insegurança inconsciente. Com frequência, também sente ciúme de coisas, e não apenas de pessoas. Não lhe peça um livro emprestado nem se ofereça para dirigir seu automóvel. Você se arrisca a levar um “não” e a criar, sem querer, uma situação constrangedora.

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Fonte: livro “Caminhos da mudança”, de Eugenio Mussak – Integrare Editora

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