Velocidade e manutenção de diferenciais. (por Arthur Bender)

outubro 14, 2015

Uma inovação no século passado podia levar até 50 anos para ser conhecida por todos e, talvez até rudimentarmente, copiada. Na metade do século, o tempo baixou para a casa dos 25 anos. No final, o tempo que alguém levava para dominar um diferencial tecnológico porque o mercado ainda não conhecia era de uns poucos anos. Hoje, o compartilhamento de informações e a equalização dos avanços tecnológicos fazem com que alguns diferenciais competitivos durem poucos dias, ou, em alguns casos, horas. As marcas têm hoje uma séria dificuldade: precisam de diferenciais para se manter com uma promessa de valor competitiva, mas está cada vez mais difícil competir e manter diferenciais tangíveis, principalmente os ligados à tecnologia.

A operadora de telefonia A lança uma novidade e na semana seguinte você encontra a mesma novidade na operadora B, como também na operadora C. Você comprou seu carro porque ele tinha um bom diferencial de conforto, e no mês seguinte fica sabendo do lançamento de outra marca com o mesmo diferencial e mais outro que você nem imaginava que existia ou que também queria.

Dessa forma, ficamos sobrecarregados com o brutal volume de ofertas quase iguais, estressados com a ideia de ter de diferenciar promessas que dizem as mesmas coisas, lidar com infinitas combinações de opções e com cada vez menos tempo para tomar essas decisões. Assim, para nos proteger, travamos e não mais prestamos atenção. E a atenção passa a ser um ativo muito escasso nesses nossos dias. Um artigo valioso para um mundo congestionado.

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Fonte: livro Paixão e significado da marca”, de Arthur Bender – Integrare Editora

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