Um sábio rei procurava um homem para ser o gerente geral de suas obras, pois seu reino se encontrava em franca expansão. Esse era um cargo de muito prestígio e oportunidades de ganho, comparadas às atuais obras superfaturadas pelo pessoal de Brasília. Por esse motivo, muitas pessoas da corte começaram seu lobby para ocupar o cargo.
O rei, percebendo o movimento, optou por contratar uma pessoa simples e com conhecimento técnico sobre o assunto, evitando, assim, disputas de poder. Para escolher seu homem, foi até a pedreira de seu reino para ver os homens trabalhando. Entre os mais de mil homens que ali estavam, percebeu que a grande maioria trabalhava triste e desinteressadamente.
Foi até vários deles e perguntou:
– O que fazeis?
– Corto pedras, Vossa Majestade – responderam os homens.
Não convencido, o rei se dirigiu para alguns raros homens que trabalhavam com um ar menos sombrio e desanimado.
– O que fazeis? – voltou a perguntar o rei.
– Produzo paralelepípedos, Vossa Alteza.
Uma resposta melhor, mas ainda insuficiente.
Foi então que o rei verificou uma única pessoa que trabalhava feliz e motivada com sua pilha de pedras.
– O que fazeis? – inquiriu o rei pela terceira vez.
– Eu? Eu estou ajudando a construir uma catedral! – exclamou, orgulhosamente, o homem.
Naquele momento, o rei soube que havia encontrado o seu gerente de obras.
Essa bela história nos faz entender o enorme potencial que tem uma pessoa quando está motivada para realizar uma tarefa, pois sua motivação vem da compreensão do legado de suas ações e do amor que a coloca em movimento.
Reflexão: A palavra motivação tem sua etimologia baseada em motivo para a ação. Já a palavra animação vem de anima, que significa alma.
Fonte: livro “No caminho da vitória”, de Eduardo Almeida – Integrare Editora