A precocidade pode acontecer sobretudo quando existe uma pequena diferença de idade entre irmãos, mais ainda se forem do mesmo sexo. Por exemplo: os pais estabelecem que o filho mais velho, de 13 anos, só pode sair de casa se levar o mais novo, de 11, junto.
O de 13 anos não tolera pessoas de 12; de 11, então, menos ainda. Inundado de hormônios, quer sair sozinho de casa para se encontrar com um ou outro amigo. Se tiver que levar o menor, o garoto onipotente pubertário vai ficar muito sem graça de ser irmão de um pirralho que, além de não entender as piadinhas maliciosas, é um frangote e vive grudado nele. De fato, o mais jovem ainda não tem como acompanhar o pensamento dos maiores. Não é possível exigir dele o que ele ainda não desenvolveu.
O garoto de 13 está também na idade da curiosidade sexual; o garotinho de 11 está na confusão pubertária. Uma piadinha muito interessante para o de 13 pode nada despertar no de 11. Se os maiores lhe perguntarem “Você entendeu?”, o menor pode responder “Não entendi”, o que será motivo para levar uma barulhenta gozação, acompanhada de um safanão.
Com essa imposição, “Só vai se levar o seu irmão”, talvez os pais pensem que estão estimulando um forte relacionamento entre os filhos. Na verdade, porém, criam mais indisposição entre eles e estimulam a adolescência precoce no mais novo.
Fonte: livro “Adolescentes: Quem Ama, Educa!”, de Içami Tiba – Integrare Editora